06 maio 2007

Publicações evangélicas para público infantil: amém?

E como hoje é dia do Senhor, o Página 2 recomenda o artigo do Jornal da Unicamp sobre a tese de doutorado da historiadora Karina Kosicki Bellotti. A pesquisadora analisou as publicações evangélicas voltadas para o público infantil no Brasil entre 1950 e 2000, com ênfase nas revistas “Nosso Amiguinho”, “Formiguinha” e no trabalho da Associação Pró Evangelização das Crianças (APEC).

Quem se interessa pelo binômio edição & religião vai gostar. E também aqueles que gostam de edição de livros e materiais didáticos.

Interessante #1: A APEC manteve por vinte anos uma parceria com a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo para fornecer material para o ensino religioso nas escolas públicas (entre 1965 e 1985, em plena ditadura. Quem lembra das aulas de Educação Moral e Cívica vai descobrir paralelos interessantes entre os valores que essa disciplina e as aulas de religião queriam inculcar-nos...)

Interessante #2: A mídia evangélica comercial teve início na Brasil na década de 1950 e se inspirou no modelo norte-americano, o que fazia a mensagem transmitida a que nossos leitores-mirins refletisse uma realidade de casas com lareiras, trenós, renas, neve etc. (Quem lembra dos livros didáticos da época sabe que isso aconteceu em outras áreas do saber. Ai, meu santo indiozinho Havita com só uma pena no cocar!)

Interessante #3: Você encontra também toda a biografia da célebre formiguinha Smilingüido, que, além de “garoto-propaganda de Deus”, é astro pop de histórias, material escolar e outros produtos voltados para o público infantil (e cristão), bem como sua relação com ninguém menos que Xuxa Meneghel. U-huuu!

Tá tudo aqui, ó: Tese revela como mídia infantil forjou cultura evangélica no país

Em nome do pai, do filho e das mães, pois hojé é dias das mães na Espanha. Felicitats!

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